quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O CANTO DOURADO
O Capitalismo e a(s) Religião(ões) 



 Praça da Sé, São Paulo.








A idéia inicial era contrapor o trabalho com as manifestações religiosas mais presentes na Praça da Sé, a Católica e a Evangélica. O problema é que o espaço que normalmente abriga os Pregadores Evangélicos estava ocupado por um presépio.

Então depois de fazer as imagens com a Catedral, resolvemos mudar o trabalho de lugar.




Depois de um breve bate-boca o Pregador acalmou o rebanho dizendo que aquilo era uma manifestação artística e que não havia problema em ficar ali. 



Enquanto fazia umas imagens, o moço de camisa vermelha abordou perguntando que tipo de arte era aquela. Respondemos que era uma arte para propor uma reflexão sobre um determinado tema, no caso a religião. 
O moço se deu por satisfeito sorriu e voltou a ouvir o Pregador.
E durante algum tempo Arte e a Religião dividiram o mesmo espaço.


 





Então fomos na direção da Bolsa de Valores de São Paulo. Centro nervoso do capitalismo.
Colocamos o trabalho, gravamos, fotografamos, ficamos parados na frente e por não causar nenhum prejuízo material ninguém veio nos incomodar. (o capitalismo não é bem assim mesmo? pode fazer o que quiser, passeata, falar mal,  jogar ovos, matar e tudo mais. Só não pode mexer no lucro, aí o bicho pega prá valer!!!)



  

 
 
 


Mudamos o lugar porque achamos percebemos que as pessoas olham muito pouco na direção da lixeira e o trabalho foi parar alguns metros adiante.







 Depois de aproximadamente meia hora voltamos até a Sé e percebemos que alguém com dificuldade em conviver com democracia tomou uma atitude que não dá prá afirmar se foi individual ou de grupo mas o confronto de idéias, que no nosso entendimento produz a riqueza do pensamento humano não foi tolerado nesta intervenção. O ponto nevrálgico da religião é bem mais sensível que o do capital.




 
Difícil falar sobre esta intervenção porque num dado momento chegamos perto demais da jaula e, obviamente, a fera se manifestou.  Reconhecemos que a proximidade soou como provocação mas também não comungamos com a idéia que um espaço público seja privatizado e não possa abrigar formas antagônicas de pensar.



Aqui o vídeo. Vai sem desfocar as pessoas mesmo.






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